Cristino Wapichana vem tecendo seu balaio de histórias, invocando ancestralidade e afetos que embalam as narrativas de seu mundo onde o cuidado com os seres vivos vasa a fronteira entre humanos e plantas, grilos e pirilampos no céu que pode ser dos “... mais azuis das penas dos sanhaços.” Os autores ambientam pela poética indígena a relação entre uma avó e sua neta à espera de fortes chuvas que se anunciam aos povos da floresta. No enredo, a denúncia de como os homens brancos alteraram o curso da natureza.